EntrelaçaCANN é um projeto social de iniciativa da InformaCANN com o objetivo de capacitar e dar autonomia financeira para mulheres em situação de pobreza – vítimas de violência doméstica – através da linha do cânhamo para a produção de peças de crochê exclusivas.

Iniciada no DF, a ação social EntrelaçaCANN lança a semente do empoderamento feminino por meio de multiplicadoras em todos os estados do país. Escolhemos o cânhamo como matéria-prima por ser uma fibra sustentável que exige três vezes menos água do que o algodão e produz cinco vezes mais material seco.

Além da cannabis ser uma planta ecologicamente correta, porque ainda tem a capacidade de regenerar solos degradados, entendemos que a fibra da maconha – usada há milênios por nossos ancestrais – deve ter o cultivo regulamentado no Brasil para a geração de emprego e renda.

A primeira célula do projeto em parceria com as Artesãs do Paranoá terá a missão de produzir uma coleção que será exposta no Congresso Nacional para chamar a atenção dos parlamentares em relação à aprovação da pauta no legislativo.

A InformaCANN em parceria com a Revivid Brasil e os médicos psiquiatras Dra. Lara Augusta e Dr. Mário Sallenave promoveram, no dia 19/02/2022, um mutirão de atendimento às crianças que moram na casa abrigo da Ampare-DF para atendimento clínico e prescrição da cannabis medicinal.

A casa de acolhimento foi criada em 1994 para receber de forma institucionalizada crianças e adolescentes com deficiência intelectual e/ou múltipla, sob medida protetiva e em situação de risco pessoal e social. A Ampare-DF é uma instituição social, sem fins lucrativos, fundada em 1972 por um grupo de mães e pais que se uniram para defender os direitos da pessoa com deficiência intelectual e múltipla.

Muito embora as crianças e adolescentes que residem na casa lar da Ampare-DF tenham indicação clínica (epilepsia, autismo, microcefalia, espasmos, paralisia cerebral) para tratamento com o óleo medicinal, a cannabis ainda não havia chegado para esses pequenos. Tanto pela falta de conhecimento entre a própria rede médica (menos de 1% da comunidade médica é prescritora), como pelo valor do tratamento em dólar.

Sensibilizada com a situação desses meninos e meninas, CEO da Revivid Brasil, Keila Santos, se comprometeu a doar o medicamento até que seja possível mover uma ação para que o Sistema Único de Saúde (SUS) pague, mediante determinação judicial, pelo tratamento das crianças institucionalizadas.

É importante destacar ainda o trabalho dos médicos que se disponibilizaram, de forma voluntária, a participar do mutirão. “Nós temos observado uma melhora no quadro de cognição, na ação neuropsicomotora e nas atividades da vida diária de crianças com problemas neurológicos medicadas com o canabidiol. A cannabis também melhora na socialização, elas ficam mais calmas e ainda há o controle dos sintomas depressivos e ansiosos. Essa é uma medicação recente, mas até agora não vimos nenhum caso negativo”, explica a Dra. Lara Augusta.

Já o Dr. Mário destacou a ação anticonvulsivante da cannabis e a considerável melhora cognitiva do quadro para prescrever a medicação. “Sabemos que a cannabis medicinal pode trazer mais qualidade de vida tanto para essas crianças, como para seus cuidadores. É um trabalho que fazemos de coração”, enfatizou o especialista.

A InformaCANN agradece imensamente a sensibilidade dos médicos e a doação da Revivid Brasil.

Vocês fazem a diferença!