Acordo de Cooperação Técnica une sociedade civil e universidade para ampliar o acesso ao tratamento no Brasil
Em mais um passo decisivo rumo à consolidação de uma cadeia produtiva de Cannabis medicinal forte, ética e baseada em evidências, a Associação Brasileira de Acesso à Cannabis Medicinal do Rio de Janeiro (AbraRio) acaba de oficializar um Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
A parceria, celebrada com entusiasmo por ambas as instituições, visa fomentar avanços científicos e tecnológicos em todas as etapas do processo produtivo da Cannabis no Brasil.
Atuação técnica e inovação no cultivo
De acordo com a equipe da AbraRio, o Acordo de Cooperação Técnica contempla uma ampla gama de atividades voltadas à consolidação de uma cadeia produtiva robusta e segura.
As ações incluem desde a orientação técnica especializada até a implementação de processos inovadores em áreas-chave como seleção e melhoramento genético, técnicas de propagação, fertilidade e adubação, protocolos de cultivo, controle fitossanitário, colheita, pós-colheita e armazenamento.
Também estão previstas práticas rigorosas de produção, como as Boas Práticas Agrícolas e de Coleta, Boas Práticas de Fabricação, controle e garantia da qualidade, além do desenvolvimento de métodos extrativos e formulações específicas.
“Estamos construindo uma base sólida para garantir que os pacientes tenham acesso a medicamentos seguros, com controle de qualidade rigoroso, e produzidos com base no conhecimento técnico mais avançado disponível”, afirma Marilene Esperança, presidente da AbraRio.
Marilene Esperança, presidente da AbraRio.
Regulação à vista
A colaboração nasce em um momento estratégico, quando cresce a expectativa em torno da possível regulamentação do cultivo da Cannabis medicinal pela Anvisa — tema que avança nos tribunais superiores e no debate público.
Diante desse cenário, a união entre sociedade civil e universidade pública fortalece o compromisso com uma política de saúde mais justa, inclusiva e fundamentada na ciência.
A presidente da AbraRio destaca ainda que essa parceria representa mais do que um ganho técnico: “O desenvolvimento da cadeia produtiva da Cannabis no Brasil depende diretamente do investimento em pesquisa e da cooperação entre sociedade civil, universidades e poder público.”
União estratégica pela saúde
Para o professor Ricardo Berbara, ex-reitor da UFRRJ (2017–2021), o acordo sela uma relação de admiração mútua e compromisso científico.
“Desde minhas experiências na reitoria, pude conhecer o trabalho da AbraRio e me encantei. É uma associação que pauta a Cannabis como instrumento terapêutico e também como objeto científico, provocando universidades e institutos a pesquisarem, a apoiarem a inovação”, ressalta.
Segundo ele, “em breve, o uso terapêutico da Cannabis será rotina — e também seu estudo aprofundado nas universidades e centros de pesquisa”.

Foto: Reprodução acervo AbraRio
Para transformar acesso em realidade
A colaboração entre a AbraRio e a UFRRJ consolida um movimento necessário e urgente: conectar instituições comprometidas com o cuidado, a inovação e a construção de soluções concretas para quem depende da Cannabis medicinal.
Trata-se de uma iniciativa que ultrapassa os laboratórios e os campos de cultivo, alcançando diretamente a vida de milhares de pessoas que buscam por terapias mais acessíveis, seguras e eficazes.
Com esse acordo, reforça-se a importância da união entre sociedade civil organizada e universidades públicas para impulsionar mudanças estruturais no país.
É um passo firme em direção a uma política de saúde mais inclusiva, que reconhece a Cannabis como uma ferramenta legítima de cuidado e promove o acesso com responsabilidade, qualidade e dignidade.
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O uso medicinal da Cannabis já está regulamentado pela Anvisa desde 2014. Médicos, cirurgiões-dentistas e médicos veterinários – com registro profissional ativo – estão aptos a prescrever fitocanabinoides (moléculas medicinais da Cannabis).
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