Feira reúne especialistas, pacientes e empresas para debater acesso, inovação e fortalecimento da cadeia produtiva

A Medical Cannabis Fair, realizada entre 23 e 25 de maio em São Paulo, reafirmou seu papel como o principal ponto de encontro da indústria da Cannabis medicinal no Brasil.

Em sua quarta edição, o evento não apenas movimentou o setor com expositores e produtos de ponta, mas também consolidou o debate público sobre regulamentação, acesso e inovação na área da saúde.


Quarta edição marca avanço do debate público

A feira reuniu desde multinacionais e startups do setor canábico até pesquisadores, médicos, investidores, pacientes e associações civis.

A programação incluiu palestras, painéis, workshops técnicos e jurídicos, e debates sobre o futuro da regulamentação brasileira, que segue em processo de amadurecimento após decisões judiciais recentes que pressionam o governo por um marco legal mais claro.

Destaque internacional e inovações

Para Marcelo Demp, presidente da Câmara do Cânhamo Industrial do Paraguai, que participou pela primeira vez com um estande institucional, a edição foi uma das mais qualificadas até hoje.

“Vimos um público com alto nível de conhecimento, voltado ao aspecto medicinal e laboratorial, o que foi muito positivo para nós. Expusemos toda a linha de produtos derivados de Cannabis desenvolvidos no Paraguai”, comentou.

A fala de Demp confirma uma das grandes novidades do evento: a ampliação do fornecimento gratuito de medicamentos à base de Cannabis pelo SUS da cidade de São Paulo, que agora contempla, além de epilepsia refratária, esclerose múltipla e dor crônica, também Transtorno do Espectro Autista (TEA), fibromialgia, ansiedade, transtornos psiquiátricos, endometriose e insônia.

A empresa de Marcelo foi selecionada pela Prefeitura de São Paulo para fornecer os medicamentos distribuídos pelo SUS na capital.

Inovação que gera negócios

Ademais, para o empresário, o evento também foi uma vitrine importante para articulação de novos negócios. “Participaram empresas e laboratórios interessados tanto em distribuir nossos produtos quanto em desenvolver novos. Já sentimos o impacto positivo da nossa participação na aceitação do público e no reconhecimento da cadeia produtiva completa que temos no Paraguai”, afirmou.

Além dos óleos sublinguais, a empresa de Demp apresentou uma inovação que chamou a atenção dos visitantes: uma espuma com Cannabis para aplicação oral e tópica, voltada à cicatrização de feridas na pele. “Foi uma grande inovação que despertou muito interesse do público”, relatou.

 

Conexões humanas e propósito

A feira também foi marcada pela pluralidade de vozes presentes – desde representantes de laboratórios e startups até mães e pacientes que lutam por acesso aos tratamentos.

Para a Revivid Brasil, o evento foi mais do que um ambiente de negócios – foi uma plataforma de conexões humanas. “A cada ano sentimos uma evolução, tanto na estrutura quanto na qualidade das conexões. Foi um espaço riquíssimo para troca de experiências e inovação”, comentou Daiane Zappe, CEO da empresa no Brasil.

Equipe Revivid Brasil

Segundo ela, um dos momentos mais marcantes foi o espaço dado às histórias reais de pacientes. “A palestra da nossa querida Liane Pereira me levou às lágrimas. Isso nos lembra por que fazemos o que fazemos. A conexão humana é o que mais brilha nesse tipo de evento”, destacou.

Além da visibilidade institucional, a participação da Revivid reforçou o propósito da empresa de estar inserida em um ecossistema de transformação. “O impacto vai além dos números. Saímos com mais energia e responsabilidade para continuar fazendo a diferença.”

Debate regulatório e pluralidade de vozes

A Medical Cannabis Fair 2025 acontece em um momento crucial para o setor no Brasil. Em meio à crescente judicialização do tema e à pressão por políticas públicas efetivas, o evento se consolidou como um fórum estratégico para articulação política, técnica e social.

Um dos diferenciais da edição deste ano foi o esforço para ampliar a representatividade.

“Esperamos que as próximas edições tragam ainda mais vozes da sociedade civil – mães, cuidadores, pacientes –, para que possamos construir uma ponte ainda mais forte entre ciência, mercado e realidade.”, afirmou Daiane.

A presença da Revivid Brasil, com um estande voltado tanto à exposição de produtos quanto ao acolhimento de pacientes e parceiros, evidenciou o equilíbrio entre ciência, cuidado e propósito social.

“A feira foi um terreno fértil para conexões que vão muito além do comercial. Tivemos a oportunidade de estreitar laços com profissionais da saúde, pesquisadores, empreendedores e, especialmente, com outras mulheres que, assim como nós, estão transformando o setor com sensibilidade e coragem”, afirmou a CEO.


Representatividade em pauta

Segundo ela, o protagonismo feminino na Cannabis medicinal é crescente — e deve ser cada vez mais celebrado e incentivado.

“Acreditamos na força das parcerias e sentimos que essa edição plantou sementes muito promissoras. Também acreditamos na importância de espaços de protagonismo feminino, afinal, nós mulheres temos ocupado papéis transformadores nesse setor. ”

Um setor que pulsa transformação

A Medical Cannabis Fair 2025 deixa um legado claro: o setor da Cannabis medicinal no Brasil está amadurecendo.

A presença massiva de um público diversificado, o alto nível técnico das discussões e o surgimento de novas articulações comerciais mostram que o país está mais preparado — e mais engajado — para transformar conhecimento científico em acesso real.

Para Marcelo Demp, a importância do evento já ultrapassa fronteiras. “Cada ano o evento melhora. Novos espaços interativos, mais expositores, público crescente. Isso tudo contribui para o desenvolvimento da Cannabis em toda a América Latina.”

O fortalecimento de iniciativas como o fornecimento gratuito de medicamentos via SUS em São Paulo, a presença de players internacionais como a empresa de Demp, e o engajamento afetivo e político de marcas como a Revivid Brasil são sinais de um movimento que não retrocede.

Mais do que uma feira, o evento foi um espelho do momento histórico que o Brasil atravessa em relação à Cannabis medicinal: um momento de escuta, avanço e responsabilidade coletiva.

“Conseguimos mostrar um pouco do nosso propósito, ouvir muito, e sair de lá com mais energia e responsabilidade para continuar fazendo a diferença. Os resultados vão muito além dos números – envolvem impacto, presença e escuta ativa. Que as próximas edições continuem refletindo esse espírito de evolução, empatia e compromisso com o bem-estar.”, concluiu Daiane.

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O uso medicinal da Cannabis já está regulamentado pela Anvisa desde 2014. Médicos, cirurgiões-dentistas e médicos veterinários – com registro profissional ativo – estão aptos a prescrever fitocanabinoides (moléculas medicinais da Cannabis).

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Published On: Maio 30th, 2025 / Categories: Notícias / Tags: /